sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Vacina Dengue


A prevenção ainda é o único jeito de evitar a dengue. Mas a doença pode estar com os dias contados. Pesquisas por uma vacina contra os quatro tipos do vírus estão avançadas no Brasil e do exterior. Em até cinco anos, poderão estar disponíveis para a população.

O Brasil convive há décadas com uma rotina dramática, que traz prejuízos e mortes. Emergências lotam de pacientes com os sintomas da dengue. Uma doença que custa aos cofres do país quase R$ 1,5 bilhão por ano. Controlar o mosquito transmissor é a melhor forma de evitar novos casos, mas ano após ano o país enfrenta novos surtos.

A esperança de um dia erradicar a doença está em laboratórios em São Paulo. Pesquisadores do Instituto Butantan trabalham no desenvolvimento de uma vacina. Mas a dengue não é um inimigo fácil. Para vencê-la é necessário enfrentar todos os seus quatro sorotipos.

Pesquisas para desenvolver o antiviral começaram na década de 50. Um laboratório francês demorou 15 anos para criar uma vacina que hoje está em fase de testes. Cinco mil pessoas foram imunizadas, 150 delas moram em Vitória onde o infectologista Reynaldo Dietze conduz as pesquisas.

O estudo é trabalhoso e demorado. O primeiro estágio já foi concluído, mostrou que os efeitos colaterais são mínimos. No fim do ano passado participantes de 9 a 16 anos receberam a primeira das três doses. Esta, que é a segunda fase, deve ser concluída em um ano e meio. Depois, o teste final vai imunizar um grupo ainda maior. O objetivo é que a vacina para os quatro tipos da dengue esteja pronta para distribuição entre 2015 e 2016.

Mas enquanto a vacina não vem o único jeito de evitar novas epidemias ainda é eliminar o transmissor da dengue. No Estado do Rio de Janeiro, o número de casos da doença pulou de 1.400 em janeiro de 2010 para três mil no mesmo mês deste ano. A novidade para eliminar os focos do mosquito e conscientizar a população foi a contratação de agentes comunitários de saúde para atuar nas favelas.

A criatividade também virou arma na luta contra a doença. Pesquisadores na Austrália descobriram uma bactéria que torna os mosquitos imunes ao tipo dois da dengue. Ou seja, em contato com ela os insetos deixam de ser transmissores. A ideia foi importada por um pesquisador mineiro e já está sendo testada em laboratório.

Outro jeito inteligente de controlar o vetor é o controle biológico. No interior de São Paulo e em Mato Grosso uma planta tem ajudado moradores a eliminar o mosquito da dengue de suas casas. Plantada no jardim, a crotalária dá flores que atraem libélulas que se alimentam do Aedes aegypti. Uma ideia simples e criativa, que ajudou a cidade de Sorriso a passar todo o mês de janeiro sem registrar um único caso de dengue.http://www.band.com.br/jornaldaband/conteudo.asp?ID=100000401690

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